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31 de agosto de 2020

Curso gratuito de Gestão Criativa tratará de políticas culturais, produção e gestão de eventos neste momento de pandemia.

Com os impactos da Pandemia do Covid 19, cada vez mais os artistas e outros profissionais estão tendo que encontrar novas formas de gestar e gerir seus negócios. E quem está tendo que buscar esses formatos tem a oportunidade de participar do Curso gratuito de Gestão Criativa, uma série de lives do Bossa Criativa que vai abordar os desafios de produção e realização de novos projetos culturais. O curso começa hoje e traz na pauta o tema "Políticas Culturais: Lei Aldir Blanc, Sistema e Plano Nacional de Cultura".

As Lives de Gestão Criativa acontecerão de 15 em 15 dias, até dezembro de 2020, com o intuito de levantar e debater a produção e a gestão de eventos, suas dificuldades, desafios e possíveis soluções para este momento de pandemia. Serão debatidas questões como comunicação em redes sociais, a Lei Aldir Blanc e seus desafios, novos protocolos de segurança para eventos, novos formatos, leis de incentivo e captação de recursos, entre outras.

E quem participa na live desta segunda (31) é a gerente de produção do Bossa Criativa, Mariana Pietrobon que conversa com as especialistas Cacau Gondomar, Christiane Campos e Daniele Torres. Para fazer a inscrição acesse o link.

O ensino do trombone na graduação nacional é o tema do 1º Seminário Virtual do Coletivo Brasileiro de Trombone.


O 1º Seminário Virtual do Coletivo Brasileiro de Trombone, que acontecerá entre os dias 5 e 7 de setembro de 2020 irá oferecer uma programação imperdível para instrumentistas e estudiosos da música. O Seminário irá abordar o tema: "O ensino do trombone na graduação nacional", as inscrições estão abertas e são gratuitas.

O Coletivo Brasileiro de Trombone tem consigo o intuito de incentivar o estudo, a docência e a performance do trombone promovendo cursos, competições e divulgando conteúdo especialmente elaborado aos estudantes e profissionais desse instrumento. 
Entre os vários profissionais convidados e com presença confirmada  está o trombonista Marcos Flávio Aguiar, Presidente da Associação Brasileira de Trombonistas, Prof. de Trombone da EM/UFMG, Coord. do Coral de Trombones e Tubas da UFMG e também associado ao Clube do Choro de BH. Ele  participará da mesa de debates, às 17 horas, no dia da abertura do evento.

Além de Marcos Flávio também são convidados Alexandre Ferreira (UFPB), Donizeti Fonseca (USP), Fábio Carmo (UEA), João Luiz Areias (UNIRIO), Lélio Alves (UFBA). A mesa será mediada por Fransoel Decarli, (doutorando pela UNICAMP).

As inscrições podem ser realizadas através do link

Até lá, fiquem com mais de informações sobre o Seminário e o convite que Eduardo Machado (OSB) nos traz.


28 de agosto de 2020

Projeto colaborativo musical faz conexões para valorização da arte de Contagem, além de celebrar os 109 anos do município.


Músicos nascidos ou residentes em Contagem estão lançando hoje o "Música Ativa", projeto colaborativo que tem a intenção de, através da música, conectar mesmo à distância, provocar emoções, despertar sentimentos diversos e nos conscientizar dos deveres e direitos humanos durante a Pandemia do Covid19. Somaram-se a esta ideia original do músico e compositor, André Oliveira, mais  18 outros profissionais que se doam ao ofício para compartilhar seus talentos e capacidades, levando à frente a máxima  “Todo artista tem de ir aonde o povo está”. O lançamento do vídeo acontece em valorização da arte de Contagem que completa 109 anos de emancipação, no próximo domingo (30). 

A ideia de produzir o "Música Ativa" por André Oliveira,  residente no bairro Água Branca (Contagem), foi se expandido na medida em que ele percorria sua agenda de contatos, constatando como tantos instrumentistas residem ali em seu município e que, constantemente, necessitam se deslocar para BH e outras localidades para tornar ativa suas ações artísticas ou ocupar espaços culturais.

Unidos e pela arte em Contagem sobem neste palco os músicos: André Oliveira (Cavaco, Voz, Mixagem e Edição de Vídeo), Adryelle Meneses (Violino), Anderson Negrão (Voz), Augusto Cordeiro (Voz), Bilora (Viola Caipira e Voz), Carlos Souza (Baixo), Daniel de Almeida (Gaita), Ernani Dias (aixolão e Voz), Eric Condé (Voz), Fabricio Ferreira (Bateria), Felipe Vasconcelos (Violão 8), Flavio Girassol (Pandeiro), Mestre Jordejaro Canguru (Viola Caipira e Voz), Rafael Rodrigues (Guitarra), Raphael Sales (Violão e Voz), Renan Oliveira (Piano e Voz), Toca - Percussão (Pad), Thamiris Cunha - Clarineta e Voz.

Nosso convite é para assistirmos juntos a este lançamento e deixemos nossos aplausos a esse Coletivo. Acessem o vídeo e deixem seu comentários no canal do Youtube.



27 de agosto de 2020

Marcelo Pereira é a presença muito esperada nesta quinta, em mais uma edição do "Assanhado Quarteto Convida".



Hoje quem nos agracia com sua presença em mais uma edição do "Assanhado Quarteto Convida" é  o Bacharel em Flauta e Saxofone e Mestre em Performance Musical pela UFMG, Marcelo Pereira. A live acontece às 19 horas, com transmissão pelo Instagram.

Marcelo estudou com professores renomados como Juvenal Dias, Artur Andrés, Maurício Freire e Dílson Florêncio.  Atualmente, desenvolve carreira como professor nos cursos de graduação e extensão da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e atua como saxofonista e flautista em diversas formações instrumentais.  

Em sua carreira musical já atuou em duos bem como em quartetos instrumentais e grupos de Choro, destacando-se “Quarteto Carajazz”, “Quarteto de Saxofones Vera Cruz” e “Famigerado” e já tocou em shows e gravações de vários artistas como Rubinho do Vale, Guilherme Arantes, Paulinho Pedra Azul, Ricardo Novais, Dona Jandira, entre outros. Atualmente, é integrante da Orquestra Atípica de Lhamas, do Grupo “Choro do Jura” e Coordenador do Grupo de Choro da ESMU/UEMG. 

Hoje ele irá nos contar um pouco mais sobre sua trajetória e compartilhar seus conhecimentos com todos nós. Até lá, fique com um registro audiovisual de uma das apresentações de Marcelo Pereira durante o EFBH 2019. Neste solo de sax, ele traz uma animada interpretação de "O bom filho à casa torna" de Bonfiglio de Oliveira. Também no palco estão: André Milagres (Violão de sete cordas), Rodrigo Boi Magalhães (Contrabaixo) , Rafael Zavagli (Cavaquinho) e Camargo (Pandeiro).
Divirtam-se.



26 de agosto de 2020

Silvério Pontes em master class gratuito e online nesta quarta.

 


"A Trompetada" é um coletivo formado por trompetistas que se reuniram para trocar informações por meio de masterclasses com instrumentistas do mundo inteiro. E nesta quarta (26) o convidado de mais um evento online será o grande Silvério Pontes. 

Filho de trompetista, Silvério cresceu ouvindo bandas de músicas do interior e por elas foi influenciado diretamente desde a infância. Mais tarde, aos 17 anos, veio estudar na Escola de Música Villa Lobos e na Escola Nacional de Música. Virou músico profissional para, em seguida, ser convidado por Luiz Melodia para sua primeira turnê, no ano de 1986.  
Daí em diante não parou mais. Depois desta primeira turnê, gravou e tocou por todo o país com a Banda Vitória Régia, de Tim Maia, por 12 anos. Tocou também com diversos outros artistas como: Elza Soares, Ed Motta e Cidade Negra. Mesmo com todas essas atividades, Silvério e o amigo Zé da Velha mantêm uma parceria musical desde 1985 que já rendeu à dupla cincos discos. 
Mais sobre esta sua trajetória artística e muito sobre sua experiência musical, Silvério Pontes nos trará logo mais às 15 horas, em um master class online e gratuito. O link de acesso à sala do ZOOM, onde acontecerá o evento, será liberado no Facebook do coletivo, minutos antes do início. Acesse e siga também a página do coletivo no Instagram.
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Eduardo Souto: o maestro brasileiro que acordou o Rei Belga, com uma orquestra escondida na mata.

Eduardo Souto ( 14/04/1882 - 18/08/1942): entre outros grandes feitos, foi inspirador de Lamartine Babo.

Eduardo José Alves Souto, mais conhecido como Eduardo Souto, natural de São Vicente, litoral de São Paulo, foi um pianista, compositor, regente, Diretor Artístico da Odeon -Parlophon, além de empresário. Nesta atividade, foi o fundador da Casa Carlos Gomes, importante ponto de encontro de músicos no Rio de Janeiro na primeira metade do século XX, onde eram vendidos instrumentos musicais e partituras e também local em que o pianista Ernesto Nazareth, trabalhou, tocando e vendendo suas edições. Como compositor, dedicou-se a diversos gêneros, como a valsa, o tango e o samba, tendo destaque na popularização de marchas carnavalescas.

Nascido em uma família tradicional paulista, teve suas primeiras aulas de música em casa e, com seis anos, já escrevia peças para piano em estilo chopiniano. Em 1893, com 11 anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro, quando passou a ter aulas com Carlos Darbilly, prestigiado músico formado pelo Conservatório de Paris e professor do Conservatório de Música do Império. Assim, aos 14 anos compôs sua primeira valsa, Amorosa.

De início, a música não se apresentou a Eduardo como um caminho profissional a ser seguido. Ele ingressou na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1899 no curso de engenharia. Devido a dificuldades financeiras de sua família, abandona o curso em 1902, quando começou a trabalhar no Banco Francês, onde permanece como bancário até 1917. Seguindo com a música paralelamente, em 1906 teve sua primeira apresentação pública musical, como regente do conjunto musical do Éden Clube de Niteroi. Além disso, regia outros grupos musicais, tais como a orquestra do Cinema São José (situado na Praça Tiradentes).

O ano de 1919 foi marcado por expressiva movimentação musical em sua vida: ele iniciou sua participação nos carnavais da cidade, com o Cateretê, Seu Derfim tem que vortá, com letra de Norberto Bittencourt (mais conhecido pelo pseudônimo K. K. Reco em suas crônicas carnavalescas), em alusão então vice-presidente da República, Delfim Moreira. E seguiu compondo. Entre as obras daquele ano, destaca-se o tango de salão ou como também é definida, o fado-choro, O despertar da montanha, que tornou-o conhecido nos salões e saraus do período, entrando para o repertório tradicional do piano brasileiro. Com letra de Francisco Pimentel, é obra da maior relevância, gravada por renomados músicos do passado e presente, como Eudóxia de Barros, Jacob do Bandolim, Altamiro Carrilho e outros.

ACORDANDO O REI COM UMA ORQUESTRA ESCONDIDA NA MATA 

Em 1920 foi indicado pelo Palácio do Catete como responsável pela parte musical da visita do rei da Bélgica Alberto I e da rainha Elizabete. O rei, com especial interesse em escalada, visitou a Serra dos Órgãos, estabelecendo acampamento no meio da mata. Para surpreender o rei, Eduardo Souto decide despertar o acampamento regendo seu grupo musical (no qual participavam músicos como Lino José Barbosa, Pixinguinha e outros Batutas) ao som da Alvorada, interlúdio da ópera Lo Schiavo, composta por Antônio Carlos Gomes.

EDUARDO SOUTO, (embaixo, o terceiro da direita pra esquerda ) reuniu e escondeu os músicos da foto, na mata, para executar, sob sua regência, o interlúdio da ópera LO SHIAVO, de Carlos Gomes, no intuito de despertar os reis Alberto I e Elizabeth, da Bélgica, nas primeiras horas da manhã. Foto: MIS -RJ


Nas comemoração ao Centenário da Independência do Brasil, em 1922, apresentou-se ao lado de Cornélio Pires na Associação Brasileira de Imprensa. No mesmo ano obtém sucesso com a gravação do cateretê Eu só quero é beliscar, pelo cantor Baiano. O cantor já havia obtido sucesso com composições de Eduardo Souto, como a "chula à moda baiana" Pemberê, gravada ao lado do Grupo Moringa em 1921 pela casa Odeon.  São também desse período, as composições  Um baile em Catumbi (matriz: MIB-1053. Gravação original com o Grupo do Moringa, feita em 1921),  a divertida, Tatu subiu no pau, grande Sucesso do Carnaval de 1923 que tem gravação original interpretada por Bahiano e o Coro da Casa Edson, com registro em disco de cera, dos heroicos tempos das 76 rotações por minuto, lançada pela Odeon/Casa Edison com o número 122333. A composição leva versos então populares no sertão paulista, aproveitados pelo santista Eduardo Souto. O Tango de Salão. Do sorriso das mulheres nasceram as flores, tango de salão dedicado à mulher brasileira também é assinado por ele. 

Seguindo em intensa atividade, colaborou com diversas revistas musicais de sucesso da década de 1920. Também formou diversos grupos musicais para apresentação em teatros e gravações, como o Grupo Eduardo Souto, a Orquestra Eduardo Souto e o Coral Brasileiro, coro de amadores que teve participação de nomes como Bidu Sayão, Zaíra de Oliveira e Nascimento Silva.
Atuou como diretor artístico da gravadora Odeon-Parlophon, contribuindo para gravações de artistas como Noel Rosa, Braguinha, Almirante, Jonjoca, Sílvio Caldas, Ernesto Nazareth e Mario de Azevedo. Também foi diretor artístico por muitos anos da Casa Edison.

Após desilusão com o meio musical e pelo esquecimento gerado devido à expansão do rádio e ascensão de uma nova geração de compositores na década de 1930, Eduardo Souto retornou às atividades como bancário, atuando como contador no Banco do Comércio.
Em 1940, devido a uma doença nervosa, inicia tratamentos em casas de saúde, falecendo em 1942 devido a complicações da doença.

EDUARDO SOUTO EM UMA CRÔNICA MUSICAL DE LAMARTINE BABO

Eduardo Souto foi autor do Glorioso Hino Oficial do Botafogo Futebol Clube, com letra de Octacílio Gomes. O hino, no entanto, foi ofuscado pela composição não oficial de 1942 de Lamartine Babo, que se tornou mais famosa nos salões, nos bailes de Carnaval e nos jogos do clube. 
Lamartine, não há de ter tido a intenção de ofuscar o mestre e amigo, posto que apresentava enorme admiração pelo homem e compositor completo o apresentando como "meu maior estimulante da música popular".
Conhecedor de sua vida e obra proferiu uma palestra sobre Eduardo Souto, na casa de Neusa França em 07 de fevereiro de 1957 onde canta e conta a viva voz, sobre sua relação com Eduardo Souto, além nos brindar com outras histórias divertidas e  pitorescas.

Apreciem esta imperdível audição:


25 de agosto de 2020

O Choro como base e influência para outros estilos é tema de live com os saxofonistas Daniela Spielmann e César Roversi.


Hoje (25), às horas 18 horas, acontece mais uma lives da série promovida pelo saxofonista, compositor e arranjador, César Roversi.  Desta vez ele receberá Daniela Spielmann para tratar do Choro como base para outros estilos, influências na gafieira, na interpretação do solista e desenvolvimento de sua linguagem. O evento terá transmissão pelo Youtube e no seu canal do Instagram.

Além de instrumentista e compositor, César Roversi é professor na Faculdade Mozarteum (FAMOSP). Integrante do Trio Código Ternário, da Hermeto Pascoal Bing Band e Nelson Ayres Big Band. Por sua enorme versatilidade, transita com maestria entre o erudito e o popular. 
Entre os nomes que ele já recebeu em seus eventos online estão: Eduardo Neves que tratou sobre a importância do Choro na criação de identidade musical; Dirceu Leite falando sobre o mercado para saxofonistas brasileiros; Pedro Paes que levantou questões importantes sobre o saxofone no Brasil e no cenário internacional, entre outros temas cujos trechos das entrevistas estão disponíveis em seu canal no Youtube.

Daniela Spielmann - Foto: Divulgação TV Brasil
Daniela Spielmann
é saxofonista, flautista, arranjadora, compositora, pesquisadora e professora. Começou seus estudos musicais aos dezessete anos e seus grandes trunfos são a força interpretativa somada à criatividade de suas composições e arranjos. Tem 12 Cd´s de carreira de grupos ou solo. Em 2001, lançou seu primeiro CD solo "Brazilian Breath", trabalho que foi indicado ao Grammy Latino em 2002. 
Ela fez parte da banda "Altas Horas" do programa homônimo, comandado pelo apresentador Serginho Groisman, do ano 2000 a 2014, na TV Globo elaborando arranjos semanais de acordo com o repertório do programa. É integrante do grupo Rabo de Lagartixa, duo Spielmann-Zagury, Projeto Gafieirando e Choro na Rua. Já se apresentou com grandes nomes do cenário da MPB Instrumental como: Sivuca, Zé Menezes, Zé da Velha e Silvério Pontes, Anat Cohen; cantores como: Aurea Martins, Moyseis Marques, Zélia Duncan, entre outros. Daniela é envolvida com o ensino, pesquisa e Oficinas de música.

Para ir esquentando os ouvidos e os corações trazemos para nossa audição de hoje uma composição de Daniela Spielmann em parceria com Silvério Pontes.
Composta a primeira parte por Silvério que a enviou para Daniela para compor a segunda, a composição recebeu inicialmente o nome "Bailarina Rosane" mas posteriormente, a partir de um sonho do Silvério, virou "Albertina no baile" e já foi tocada em muitos bailes da dupla. Aproveitem.


 

24 de agosto de 2020

IBERMÚSICAS lança convocatória para o “VII Prêmio Ibermúsicas de Criação de Canções – Canções da Quarentena” .


Com o objetivo de impulsionar e promover a criação da música popular e assim, contribuir para a expansão do repertório ibero-americano em seus diferentes gêneros, incentivando estas atividades com total liberdade criativa, IBERMÚSICAS apresenta o “VII Prêmio Ibermúsicas de Criação de Canções – Canções da Quarentena”. As inscrições estarão abertas no período de 3 de julho a 15 de setembro 2020.

A intenção do concurso é  favorecer um número maior de artistas em um momento em que o setor precisa de um apoio ainda mais forte. Assim, foi estabelecido que este ano serão premiados três compositores ou compositoras por cada um dos países que compõem o programa com USD 1000 (mil dólares americanos) para cada uma das canções selecionadas como vencedoras. Ao mesmo tempo, no âmbito de uma eventual política de divulgação emitida pelo Programa lBERMÚSICAS, essas músicas poderão ser editadas como parte do catálogo de álbuns “Itinerarios”. 

Poderão se inscrever nesta convocatória compositores que pertençam por nacionalidade ou por residência comprovada a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru ou Uruguai.

O edital, tutorial de inscrição e outras informações podem ser conferidos através da página oficial do concurso

21 de agosto de 2020

Hoje tem "Afeto, Chá e Música" com Toca de Tatu.

Nesta sexta (21/08), às 17 horas, o Toca de Tatu faz mais uma live show cuja proposta está resumida no trinômio: "Afeto, Chá e Música". 
O grupo é formado por Luísa Mitre (piano), Lucas Telles (violão), Lucas Ladeia (cavaquinho) e Abel Borges (percussão), jovens instrumentistas que têm como proposta construir um trabalho de redescoberta e valorização da música brasileira de todos os tempos, elaborando arranjos e composições próprias. Apesar de ter como referência primária o Choro e toda a riqueza musical que esta linguagem implica, o grupo não se limita a ela, buscando uma abordagem inovadora, somando a esta outras linguagens trazidas de experiências e influências musicais que cada integrante carrega.
Programe-se e prepare seu chá, pois a live trará muita música e afeto para aquecer os corações. Acesse: Toca de Tatu no Instagram

Até lá, fique com esta linda interpretação de "Alma brasileira", composição de Radamés Gnatalli, em apresentação realizada no show de laçamento do  CD "Meu Amigo Radamés" do grupo Toca de Tatu , na Sala Juvenal Dias - Palácio das Artes - BH , em 25/05/2013.



20 de agosto de 2020

Roda do Padreco faz live temática destacando o pandeiro, com Mari Carvalho e instrumentistas convidadas.

A
live desta semana da Roda do Padreco será temática e comandada pela pandeirista do grupo, Mari Carvalho. Ela  receberá as percussionistas Sandra Leão, Bárbara Carvalho e Analu Braga para um papo musical que abordará temas como Choro, pandeiro e a atuação das mulheres na música.   
Afina o alarme: a live acontece nesta sexta (21), às 19h30, com transmissão pelo Instagram.

Até lá, curta a vibração musical da Mari Carvalho no pandeiro, André Siqueira na flauta e a participação especialíssima da pequena grande percussionista Lis, em uma interpretação de "Corta jaca" de Chiquinha Gonzaga.




19 de agosto de 2020

"Breve histórico do Choro, compositores e principais referências interpretativas" é o tema de hoje do Choro em Casa - NAC/UFERSA, com Marcos Flávio Aguiar.


A Prática de Conjunto em Choro do Núcleo de Arte e Cultura da UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido está promovendo bate papos semanais com nomes expressivos do cenário da música brasileira, em eventos on line, que visam promover o crescimento musical do seu público. As transmissões ao vivo fazem parte do projeto Choro em Casa e traz como convidado desta quarta (19), o trombonista e professor Marcos Flávio Aguiar.

O tema do encontro de hoje, programado para as 17 horas, será: "Breve histórico do Choro, compositores e principais referências interpretativas" e acontecerá pela plataforma Google Meet . As inscrições são gratuitas. Preencha o formulário on-line para receber o link de acesso.

Foi prorrogado o prazo das inscrições do Pêmio Funarte Respirarte dirigido a todos os campos alcançados pela fundação.

Atenção músicos e produtores, o Prêmio Funarte Respirarte, dirigido a todos os campos alcançados pela Fundação Nacional de Artes, teve o prazo de inscrições prorrogado até o próximo dia 25 de agosto.

Por meio do processo seletivo público nacional, a Funarte pretende incentivar 1.600 produções artísticas em vídeo, inéditas, realizadas em plataformas digitais, com prêmios de R$ 2,5 mil para cada contemplado. As áreas alcançadas são: música, circo, artes visuais, dança, teatro e artes integradas. A Fundação concederá 270 prêmios para cada uma das linguagens específicas e 250 para artes integradas, num investimento de R$ 4 milhões para os projetos e R$ 72 mil para custos administrativos.

As inscrições devem ser realizadas por meio de formulário online. Confira o edital completo, o tutorial de como preencher o formulário, subir o vídeo concorre, entre outros detalhes importantes através do link.



18 de agosto de 2020

Brazilian Classical Guitar Community lança nesta sexta, via internet, a gravação da obra integral de violão do compositor Villa Lobos.

Heitor Villa Lobos

A Brazilian Classical Guitar Community (BCGC), organizada pelos violonistas Octávio Deluchi e Nicolas Porto Silva e as violonistas Camilla Silva e Gabriele Leite, é um coletivo que visa o compartilhamento de projetos de gravação de repertórios brasileiros para violão durante o período de distanciamento social. O primeiro deles envolve a gravação da obra integral de violão do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos e será lançado na sexta-feira (21/08) das 20h às 22h, nos canais do YouTube e do Facebook do grupo.

O projeto conta com 30 violonistas brasileiros residentes no país e no exterior tocando, cada um deles, uma obra de Villa-Lobos a partir de suas casas. As gravações, que não possuem fins lucrativos ou comerciais, foram feitas com equipamentos próprios de cada artista. Fazem parte deste primeiro projeto da BCGC nomes consagrados do violão clássico nacional, como Eduardo Meirinhos, Everton Gloeden,Gilson Antunes, Maria Haro, além do próprio Fábio Zanon. E também artistas em ascensão, como Anna Leone, Bruno Madeira, Felipe Garibaldi, Gabriele Leite, entre outros. 

Músico, compositor erudito e maestro, Villa Lobos tornou-se reconhecido internacionalmente por revolucionar o conceito de nacionalismo musical, ao romper com a musicalidade acadêmica vigente no país no início do século 20. Desde 2009, na data do seu aniversário, 5 de março, comemora-se oficialmente o Dia Nacional da Música Clássica.

Aproveitando o ensejo, trazemos uma ótima indicação para a audição desta terça: uma seleção de composições de Villa Lobos pela  Rádio Batuta, veículo online do Instituto Moreira Salles. Entre as obras destacadas, é possível ouvir "Choro Nº1",  “Trenzinho do Caipira”, “O Canto do Cisne Negro” e “Melodia Sentimental”. 

 LIGUE O RÁDIO

17 de agosto de 2020

Programa Brasil Encanto traz mais uma edição do Choro Encantado.

Brasil Encanto com seu Trio Base

O programa semanal Brasil Encanto, transmitido pelo Canal TVDD no Youtube, tem como finalidade prestigiar, reconhecer, apoiar, divulgar nossa música popular, dentro da mais alta qualidade. Na edição que foi ao ar na ultima sexta (14) o trio base formado por por Luiz José (cavaquinho de 6 cordas), Lucas Everdosa (violão de 7 cordas) e Igor Ribeiro (percussão) trouxe uma seleção especialíssima de sambas e Choros.
No repertório, os instrumentistas incluíram clássicos da maior importância para o conhecimento da música popular brasileira, com destaque para Choros de Waldir Azevedo como "Camundongo", "Delicado", "Carioquinha", "Cinema mudo", "Queira-bem" , além de outros como "Choro Negro" de Paulinho da Viola, "Naquele Tempo" de Pixinguinha e Benedito Lacerda e "Velhos Chorões" de Luciana Rabello.

Desfrute de mais desta edição do Choro Encantado no Brasil Encanto.


14 de agosto de 2020

Em segunda live solidária, grupo Samba e Choro de Quintal traz um novo repertório para alegrar nosso domingo.


O Grupo Samba e Choro de Quintal formado pelos instrumentistas associados ao Clube do Choro de BH, Marcos Flávio (Trombone) e Ramon Braga (Percussão), além dos companheiros, Cleidiano Machado (Cavaquinho), Henrique 7 Cordas (Violão) e Juninho Braga (voz) se uniram para mais uma ação do bem. O show solidário acontece ao vivo, no próximo domingo (16), às 13 horas, em seu canal no Youtube
Em sua segunda live durante a pandemia do Coronavirus, o grupo estará tocando em beneficio do Lar de Idosos São Mateus, localizado no município de Mateus Leme. Para auxiliar a instituição e alegrar nosso dia, o grupo preparou um repertório novinho, com músicas da melhor qualidade. 
Programe o alarme e não perca. 
E quem passa por aqui para reforçar o convite e dar uma palinha é o trombonista Marcos Flávio. 


13 de agosto de 2020

Quinta com presenças especialíssimas, em uma roda cheia de afeto.

Como eleger palavras para descrever do que sentimos saudade quando lembramos das rodas de Choro semanais? Um rosto familiar, um gesto amistoso que acarinha um instrumento nos lembrando frases melodiosas que nos emocionam, uma voz solidária junto a imagens comoventes de amigos que queremos a presença ... Talvez tudo isto e muito mais. 
E é um pouco disto tudo, em detalhes, o que nos traz hoje a flautista Mariana Bruekers numa produção carinhosa com a participação de amigos queridos e importantes associados do Clube do Choro de BH. 

Para amenizarmos a saudade e celebramos o dia em grande estilo, temos hoje uma emocionante interpretação de "Velhos Chorões", composição de Luciana Rabello e Paulo César Pinheiro, em um vídeo que reúne além da flautista, Alexandre Bacalhau (violão 7 cordas), Zé Carlos Choairy (cavaquinho), Camargo e Zito (pandeiro), Cícero (Acordeon), Luiz de Souza (Clarineta) e a presença muito especial de Shirley Choairy (Ganzá).  Obrigado, Mariana Bruekers!!!

ANTIGOS CHORÕES
(Música: Luciana Rabello - Letra:Paulo César Pinheiro)

Os antigos deixaram comigo só sentimentais paixões
As serenatas e os choros, saudades serenos, saraus e serões
Meus cantos são vibrações, são ecos, são só ressonâncias
Das mais belas e eternas canções que eu movia na infância

O passado caminha ao eu lado e me ensina não ter ilusões
Sem desprezar os dedos modernos
Os tempos eternos é que são bons
Por isso eu quero exaltar, os antigos e seus fundamentos
Com esse choro que lembra dos lamentos dos velhos chorões

Suas músicas são louças finas
São fontes divinas, são inspirações
Quantos puros e bons sentimentos
Saíram de dentro de seus corações

Que emoção, que prazer, que beleza
Que delicadeza que vem desses sons
E é por isso que eu fiz e, com muito carinho
No meu cavaquinho, o choro desses velhos chorões


12 de agosto de 2020

Mário Álvares: a obra em um caderno, levado pelo açougueiro e trazido pela artista.

Na única foto conhecida de Mário Álvares, temos ele posando com o curioso instrumento
ao qual batizou como "Zebróide".

Se perguntarmos não serão muitos, se excluídos os estudiosos do Choro, aqueles que saberão nos contar sobre a importância musical de Mário Álvares Conceição. Mas o fato é que se conhece muito pouco sobre a vida e obra de Mário Cavaquinho, como assim ficou conhecido esse ilustre e estimado chorão em sua época, considerado por muitos o maior solista e compositor de seu instrumento e quem também inseriu na música brasileira o cavaquinho de 5 cordas.

Mário Cavaquinho nasceu no Rio de Janeiro no Sec XIX (em data cheia de controvérsias) e teve como mestre o famoso Galdino Barreto - o Galdino Cavaquinho. Além de escrever músicas belíssimas, ele também as harmonizava. Entre aqueles que o admiravam, estava Anacleto de Medeiros, influente maestro de sua época, organizador da Banda do Corpo de Bombeiros, e por quem, certa ocasião, foi levado ao quartel para passar uns dias juntos fazendo música.

Ao contrário do que já foi afirmado e como nos informa Ary Vasconcelos na obra Panorama da Música Brasileira na Belle Epoque, "Mário não foi o inventor do cavaquinho de 5 cordas, já há relatos sobre esse instrumento bem antes de seu nascimento mas, Mário foi sim o maior compositor de obras dedicadas ao cavaquinho de 5 cordas e sem dúvida foi o primeiro a usa-lo na música brasileira". 
Ele Também fez experimentos com um curioso instrumento ao qual batizou de Zebróide, que é uma espécie de bandurria (instrumento de origem espanhola semelhante ao bandolim português) com 12 cordas. E entre outros feitos, além dos citados, ele foi professor de Pixinguinha que teve o cavaquinho como seu primeiro instrumento.


 A obra de Mário Álvares em um caderno...

Mário como grande compositor que era, certamente compôs mais de uma centena de músicas. "Mas parte das composições deixadas por Mário Alvares estava em um caderno que, após sua morte, foi parar nas mãos de um açougueiro residente em um subúrbio do Rio. Em outras palavras: perderam-se... ", como também nos relata o pesquisador Ary Vasconcelos em seu livro lançado em 1977 pela Editora Liv Santanna.

Infelizmente só se tinha notícia de parte delas, que foram transcritas e preservadas por grandes nomes do choro como Jacob do Bandolim, Candinho do Trombone, Patrocínio Gomes, Donga e tantos outros.

Silvia Neves
A artista Visual Silvia Neves, herdeira do
centenário caderno de Mário Alvares.
Mas para a glória da música brasileira, em 2018, o lendário caderno datado de 1908 foi entregue aos cuidados da Casa do Choro (Centro de Pesquisa Jacob do Bandolim). Chegou através das mãos da artista visual Silvia Neves. 
Ele era um entre cinco outros cadernos herdados do seu avô, o compositor Ernani Neves, músico profissional que tocava tuba em uma banda carioca. Após passarem pelas mãos do seu pai, um música amador, chegou à Silvia, que  percebeu a importância de disponibiliza-los para pesquisa. 

Com o ressurgimento do centenário caderno dedicado a Mário Álvares, acenderam-se novas luzes sobre a vida e obra do compositor. 
O caderno  traz preciosidades em seu conteúdo: além da foto de Mário Álvares com seu "Zebróide", entre as informações trazidas logo na capa, está o nome do responsável por preencher as páginas do calhamaço com anotações, músicas e até um acróstico em homenagem ao Mário. O autor da obra é Luiz Leal, sobre quem pouco se sabe. Há quem arrisque dizer que ele seria um sobrinho de Ernesto Nazareth (a quem o compositor  dedicou o tango "Espanholita",  de 1896). Leal também frequentava os ambientes musicais da época e certamente foi amigo e fã de Mário Álvares. 
As informações contidas no caderno atualizaram alguns dados biográficos sobre o compositor. Inclusive seu próprio sobrenome "Álvares" é enfim confirmado, depois de equivocadamente ser grafado em tantas fontes como "Alves", um deslize cometido por pessoas que conviveram com ele, como o próprio Pixinguinha. 
Outra informação relevante trazida, trata-se da revisão das datas de seu nascimento e morte. No caso desta última, segundo Luiz Leal, o cavaquinista teria falecido no dia 09 de janeiro de 1909 e não no dia 10 como apontavam algumas pesquisas recentes.  Já em relação ao nascimento, a disparidade  é bem maior. De acordo com o caderno, Mário não nasceu em 1876 como se lê nas principais fontes de pesquisa, mas em 1844. Uma data que, de certa maneira, reposiciona Mário Álvares na primeira geração do Choro. Sendo mais velho até que Chiquinha Gonzaga e Joaquim Callado. 

O magnífico caderno trouxe também o apontamento de outras composições. Quase todas fazendo parte, atualmente, do arquivo Jacob do Bandolim, incorporado ao Museu da Imagem e do Som  e estando 62 delas catalogadas pelo acervo da Casa do Choro. Entre elas:
Os ChorosBoas Festas, Cabocla, Cheira-te, Despedida de 1905, Falando às Flores, Não Venhas Assim, Priapo, Roceira (ex-Segura a Mão), Sertaneja (N' Aldeia, letra de Heitor Catumbi); Sinhá, Tira Poeira.
As Valsas: Adelina (Sou Teu Escravo), Diálogo, Eulália (recebendo letra de Catulo da Paixão Cearense, também passou a ter novo título: Alva e Morena) , Filhinha, Hei de Chorar, Helena, (gravada em 1975 por Deo Rian); Hilda (ex-O Teu Beijo, letra de Guttenberg Cruz), InterrogaçãoIracema, Jandira, Julieta, Lembrança, N'Aldeia, (recebendo letra de Catulo, manteve o título original);  OlegáriaPaixão Oculta, Pensei (Pressentimento), Quando o Amor Chora, Reunião Sublime, Saudades, Saudosa, Sentimento Oculto e Vienense.
Os Xotes: Buquê, Felicidade, Poesia e Amor, Soledade e Solenidade 
A essas, devem acrescentar-se as Canções:  Entre Asas,  com letra do poeta Hermes Fontes e Feiticeira.

CD triplo “Tributo a Mário Álvares” traz a obra integral do compositor e cavaquinista, com acompanhamento de um tradicional regional de choro e participações especiais de Izaías Bueno de Almeida (bandolim), Luizinho 7 Cordas (violão 7 cordas), Leonardo Miranda (flauta), Pedro Pita (pandeiro e ritmo), Henrique Cazes (cavaquinho e violão tenor) e Miguel Miranda (pandeiro).

Muitas histórias ao lado de grandes nomes
Muitas são as histórias acerca de Mário Álvares e o nome do célebre cavaquinista sempre é citado ao lado de outros grandes nomes do cenário musical da época como Satyro Bilhar, Luiz Faria (Lulu Cavaquinho), Irineu de Almeida, João Pernambuco e Joaquim dos Santos (Quincas Laranjeiras) que, segundo Jacob do Bandolim, era o acompanhador de violão predileto de Mário. 
Uma das histórias mais marcantes é a que conta que numa certa ocasião onde estavam reunidos grandes figuras e músicos da época, Mário teria sido "desafiado" por Catulo da Paixão Cearense a fazer uma música de improviso sobre a melodia do tango brasileiro "Brejeiro" de Ernesto Nazareth, que também se encontrava na tal reunião. Catulo fez o desafio pois alegava que tal feito não seria possível porém, Mário atacou com seu cavaquinho uma música inspirada na melodia do tango "Brejeiro" e logo foi aprovado por todos inclusive, pelo próprio Nazareth. A música realmente existe, chama-se "Sertanejo" (áudio) um tango brasileiro e logo em sua primeira parte notamos uma semelhança com a melodia do tango de Ernesto Nazareth.

Este relato e outras informações importantes sobre Mário Álvares está registrada em um belíssimo tributo à obra deste memorável instrumentista e compositor no site Acervo digital Mário Alves,  projeto produzido e realizado por Gustavo Cândido e coproduzido por Ricardo Cassis. Na página se encontra o catálogo de obras completo com partituras para download.

Mário Àlvares faleceu na cidade do Rio de Janeiro, na Rua Vinte e Quatro de Maio, nº 195 (entre as estações de Sampaio e Engenho Novo), na residência do também compositor Alfredo Dutra em 9 (ou seria 10) de janeiro de 1909. Também há dúvidas sobre se foi sepultado no Cemitério do Caju ou no de Inbaúma. Mas o que se sabe é que no seu enterro estiveram muitos amigos e figuras notáveis do meio musical. À beira de seu túmulo orou o violonista e compositor Satyro Bilhar.

Belíssimas interpretações da obra de Mário Álvares já formam registradas.  Para nossa audição de hoje trazemos a composição Polca em Sol,  em um solo do cavaquinista mineiro, Lucas Ladeia. Apreciem:


Este vídeo faz parte do Projeto Cavaquinho Solista, lançado em 2019 e onde incluiu também outras 3 composições de Mário Álvares ( Despedida 1905, Não Venhas assim, Polca em Sol e Cheirava-te)
Lucas Ladeia é graduado em Música pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais e Mestre em Educação Musical pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.Lucas já foi selecionado pelo programa Jovem Instrumentista BDMG e venceu o Festival Choro Novo, em 2011, além de várias outras premiações importantes, conquistadas com os grupos musicais dos quais participa.:Toca de Tatu e Assanhado Quarteto.

Ouça também: Atualizando Mário Alvares - uma produção da Rádio Batuta

11 de agosto de 2020

EDITAL KLABIN TRANSFORMA RECEBE PROPOSTAS EM DIVERSAS ÁREAS.

O edital fixo Klabin Transforma recebe, ao longo de todo o ano, propostas para desenvolvimento de projetos sociais em diversas cidades brasileiras. A iniciativa visa apoiar projetos alinhados à Política de Doações e Patrocínios da Klabin, isto é, projetos voltados para o desenvolvimento local, educação, cidadania por meio da cultura e esporte, e educação ambiental. 

Podem se inscrever projetos de Angatuba (SP), Betim (MG), Correia Pinto (SC), Feira de Santana (BA), Goiana (PE), Imbaú (PR), Itajaí (SC), Jundiaí (SP), Lages (SC), Manaus (AM), Ortigueira (PR), Otacílio Costa (SC), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Rio Negro (PR), São Leopoldo (RS), São Paulo (SP) e Telêmaco Borba (PR).

As fontes de financiamento são: FIA - Fundo para Infância e Adolescência,Lei Estadual de Cultura, Lei Federal do Esporte, Lei Rouanet, PRONAS/PCD, PRONON, Recursos próprios.

O edital é aberto e fixo. Após o envio das propostas, uma equipe multidisciplinar da companhia realiza a análise. Para saber mais e se inscrever, acesse a plataforma Prosas.

10 de agosto de 2020

Começa hoje o ciclo de cinco workshops do Festival Violões em Rede.


Tem inicio nesta segunda feira ( 10) o ciclo de workshops do Festival Violões em Rede. O evento que será realizado on line, de 10 a 14 de agosto, sempre das 19h às 21h trará grandes profissionais tratando de temas como composição, gestão de carreira, improvisação, produção discográfica, entre outros. As inscrições permanecem abertas.

No primeiro encontro, que acontece hoje, Camilo Carrara, vai tratar de composição para trilha sonora. Na terça (11) será a vez do compositor e violonista e também associado ao Clube do Choro de BH, Carlos Walter, que vai esmiuçar aspectos jurídicos e gestão da carreira . Já André Siqueira ensinará arranjo para violão, na quarta (12/08) e Tabajara Belo vai mostrar seu método original para improvisação multi-textural na quinta (13/08). Encerrando a semana, Swami Jr. detalhará todo o processo de produção de disco, na sexta (14). Os participantes terão certificado emitido pelo Acervo Digital do Violão Brasileiro.

Os workshops acontecerão ao vivo pela plataforma ZOOM e podem adquiridos de duas maneiras.
Opção 1 - O valor do investimento é R$60 (boleto ou transferência bancária) para cada workshop. 
Opção 2 - A segunda maneira de acessar os workshops é mais apropriado a quem se interessa por mais de um tema ou pra quem deseja assistir aos recitais gravados do Festival Violões em Rede. 
Os recitais estão disponíveis para compra no site sempreaovivo.com.br (via cartão de crédito) e podem ser assistidos quantas vezes quiser até novembro.
Na compra de:
2 ingressos (R$ 60) - veja 4 recitais e ganhe 1 workshop.
3 ingressos (R$ 90) - veja 6 recitais e ganhe 2 workshops.
4 ingressos (R$120) - veja 8 recitais e ganhe 3 workshops.

Escolha o tema do workshop conforme sua preferência.
Para fazer a reserva, envie por e-mail nome completo, telefone e anexe comprovante de compra. 
Entre em contato pelo acervoviolaobrasileiro@gmail.com ou pelo whatsapp (61) 9977 9529

7 de agosto de 2020

Hoje tem live show com o grupo Toca de Tatu: afeto, chá e música para esquentar nosso fim de tarde.

Toca de Tatu

Nesta sexta ( 07/08) tem live show com o Toca de Tatu. O grupo é formado por Luísa Mitre (piano), Lucas Telles (violão), Lucas Ladeia (cavaquinho) e Abel Borges (percussão), jovens instrumentistas que têm como proposta construir um trabalho de redescoberta e valorização da música brasileira de todos os tempos, elaborando arranjos e composições próprias. Apesar de ter como referência primária o Choro e toda a riqueza musical que esta linguagem implica, o grupo não se limita a ela, buscando uma abordagem inovadora, somando a esta outras linguagens trazidas de experiências e influências musicais que cada integrante carrega.
Programe-se, a live "Afeto, chá e música" será pontualmente às 5, hora do chá, para aquecer os corações. Acesse: Toca de Tatu no Instagram

Até lá, fique com o grupo nesta linda interpretação de Carinhoso, esse clássico brasileiro de Pixinguinha e Braguinha.

 

6 de agosto de 2020

"Papo de Bandas" apresenta o universo das bandas de música em conversas ao vivo. O primeiro convidado é o trombonista Leonardo Brasilino.

"Todo mineiro tem um trem de ferro apitando nas veias, uma montanha brilhando nos olhos e uma banda tocando nos ouvidos."  Jorge Fernando dos Santos

Foto: Omar Freire/Imprensa MG

A banda de música parece ter suas origens na França. E embora haja a confirmação da existência no Brasil de bandas militares na segunda metade do século XVIII, essa formação musical se tornou mais popular a partir de 1808 com a chegada do rei D. João VI que trouxe consigo as bandas da Brigada Real da Marinha Portuguesa que executaram vibrantes dobrados no seu desembarque no Rio de Janeiro. O desfile da Brigada foi o suficiente para deixar a população do Rio de Janeiro completamente encantada, incentivando a realização de vários concertos pelas outras formações existentes na época. 

Em Minas Gerias, as bandas de música são populares e reconhecidas em função de seu valor histórico, artístico, estético, afetivo, simbólico, dentre outros. A Secretaria de Estado de Cultura possui o cadastro de cerca de 600 bandas de música em nosso Estado.

Entre estas está a centenária Banda de Música Benício Moreira, com sede em Santa Luzia,  que inicia nesse sábado (08/08), às 16h, o projeto Lives Benício – Papo de Bandas. 
Trata-se de uma série conversas para interagir e apresentar temas sobre o universo das bandas de música. E o primeiro convidado é Leonardo Brasilino, músico que faz sucesso na cena artística de Minas Gerais. Não perca! A transmissão ao vivo acontecerá na página da banda no Facebook.

Até lá, fique com a Banda Música Benício Moreira nesta produção realizada durante a Pandemia. Os músicos nos apresentam uma emocionante execução da música Heal The World, uma das canções que mais vem inspirando o espírito solidário da humanidade neste momento. A canção composta pelo astro da música pop Michael Jackson (1958-2009) e lançada em 1992, traduz a esperança de que o mundo possa ser curado dos seus males e que possamos fazer “dele um lugar melhor” para “toda a raça humana”. 



Leonardo Brasilino começou a estudar música e trombone aos 11 anos de idade, na Banda de Música Antônio Tibúrcio Henriques (que encerrou suas atividades em 1990) e Na Banda Benício Moreira, desde 1991.  Ele formou-se Bacharel em Trombone pela Escola de Música da UFMG e além de atuar como professor de Trombone no Centro de Formação Artístico / Palácio das Artes, Brasilino também integra o Coral de Trombones da UFMG e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais desde 2002. Participa de inúmeros concertos e montagens de óperas e no campo da música popular, atua em diversos grupos musicais e lançou em 2017 o CD Terra Brasilinis, seu primeiro álbum autoral.  Leonardo Brasilino foi um dos convidados da Semana Nacional do Choro 2017 promovida pelo Clube do Choro de BH quando o trombone foi o instrumento destaque.


5 de agosto de 2020

A mágica da improvisação com Hamilton de Holanda em aulas ao vivo e gratuitas.


O grande compositor e bandolinista Hamilton de Holanda sempre nos surpreende com projetos criativos. Desta vez, ele traz o projeto Aulive e faz um convite: "Bora estudar! " E para isso, está oferecendo aulas ao vivo e gratuitas em seu canal no Youtube
No projeto Aulive que teve início no mês de junho deste ano, ele responde perguntas e tira dúvidas sobre músicas, aborda os princípios da improvisação, demonstra os improvisos melódicos, ensina sobre escalas criativas, entre outros temas. "Se você tem inspiração, tem boas ideias mas não consegue aplicar na prática, essa é uma ótima oportunidade pra eu te mostrar soluções" é o que promete Hamilton.
No próximo episódio que acontece amanhã (06/08), às 16 horas, o tema será Princípios da Improvisação - Melodizando Escalas.  Programe o despertador porque o papo vai ser afinado.

E se perdeu os episódios anteriores se liga aí . Adianta o estudo para a aula de amanhã.


4 de agosto de 2020

Carlos Walter é a presença confirmada desta terça no "Assanhado Quarteto convida", mas já nos traz uma surpresa musical por aqui.

Assanhado Quarteto Convida
Nesta terça (4), o projeto "Assanhado Quarteto Convida" recebe o músico Carlos Walter para um bate papo, ao vivo. Dono de um currículo admirável, com atuação como violonista, compositor e escritor, ele vai compartilhar suas experiências nesta live que será transmitida a partir das 19 horas, via Instagram

Carlos Walter que também é associado ao Clube do Choro de BH tem como uma de suas características,  a capacidade de nos encantar com sua fala que conjuga a erudição acadêmica e o sotaque da cultura popular, sempre nos conduzindo a esferas surpreendentes e maravilhosas do seu grande conhecimento musical. Além disso, é claro, seremos brindados com suas belíssimas composições.
Agende e fique ligado para não perder esse encontro que promete ser dos melhores.

Até lá, trazemos para audição, sua  última produção musical durante esta pandemia: "Chorajazz", tema de Juarez Moreira com letra de Paulinho Pedra Azul, interpretado pelo duo Carlos Walter e Guilherme Lamas, com depoimentos dos compositores e da homenageada Alaíde Costa. Apreciem.


 

3 de agosto de 2020

Eduardo Sebastião das Neves e a serenata para Santos Dumont.

Uma página pitoresca da história da música brasileira do início do Sec XX tem relação com uma Serenata, a mais antiga tradição de cantoria popular das cidades. E uma bem específica ficou marcada pela presença de um grupo expressivo de músicos, que trocaram o amor romântico, pelo ufanismo.

DE SERENATA A SERESTA 
No Brasil, a Serenata, ato de cantar canções de caráter sentimental à noite, pelas ruas, com parada obrigatória diante das casas das namoradas ganhou outro nome: Seresta. Nomenclatura que já aparece descrita em 1505 em Portugal por Gil Vicente na farsa "Quem tem farelos?".  Já no Brasil, o costume das serenatas seria referido pelo viajante francês Le Gentil de la Barbinais, de passagem por Salvador em 1717 ao contar em seu livro Nouveau voyage autour du monde que “à noite só se ouviam os tristes acordes das violas”, tocadas por portugueses (espadas escondidas sob os camisolões) a passear “debaixo dos balcões de suas amadas” cantando, de instrumento em punho, com “voz ridiculamente terna”. Mais compreensivo, outro francês, o estudioso de literatura luso-brasileira Ferdinand Denis, registraria em livro de 1826 que “gente simples, trabalhadores, percorrem as ruas à noite repetindo modinhas comoventes, que não se consegue ouvir sem emoção”. 
Com a transformação dessa modinha, a partir do Romantismo, em canção sentimental típica das cidades em todo o Brasil (alguns poetas românticos foram compositores, outros tiveram seus versos musicados), tal tipo de canto, transformado desde o séc. XVIII quase em canção de câmara, volta a popularizar-se com a voga das serenatas acompanhadas por músicos de Choro, a base de flauta, violão e cavaquinho. 
Influenciadas pelas valsas, as modinhas têm então realçado seu tom de lamento na voz dos boêmios e mestiços capadócios cantadores de serenatas, por isso chamados de serenatistas e serenateiros. Assim, quando no séc. XX a serenata passa por evolução semântica a seresta (para confundir agora sob esse nome, muitas vezes, o ato de cantar com o gênero cantado), os cantores com voz apropriada ao sentimentalismo de serenatas ou serestas transformam-se, finalmente, em seresteiros.

No auge da carreira, Dudu das Neves apresentava-se
nos palcos de smoking azul e chapéu de seda.
UMA SERENATA UFANISTA
Desde a Idade Média os trovadores e menestréis já costumavam entoar as famosas Cantigas ou Cantares, que compõem um vasto repertório lírico e também satírico: as Cantigas nem sempre tinham tom de romantismo, pois havia as Cantigas de Amigo, de Amor, destinadas aos amigos ou à amada, mas também as Cantigas de Escárnio e Cantigas de Mal-dizer, nas quais enviavam-se recados indelicados a desafetos pessoais, inclinando para o tom humorístico.

E talvez, valendo-se desta tradição ou apenas inspirado pelo sentimento ufanista despertado pelos feitos heroicos de Alberto Santos Dumont, o cantor, compositor, letrista e palhaço de circo, Eduardo Sebastião das Neves, também conhecido como Dudu das Neves, Palhaço Negro, Crioulo Dudu ou Nego Dudu tenha lhe dedicado uma Serenata, cujo repertório contou com uma composição criada para enaltecer os feitos do homenageado.

Anúncio publicado à epoca  - 1905 http://memoria.bn.br/
Eduardo das Neves foi uma das figuras mais populares entre artistas do início do século passado e um dos pioneiros a gravar discos no Brasil. Em 1895, iniciou a carreira artística apresentando-se em circos e pavilhões no Rio de Janeiro.  Em 1900, a Livraria Quaresma publicou "O cantor de modinhas", sua primeira coletânea de versos. Em 1902, a mesma editora lançou o "Trovador da malandragem". Na temática de alguns de sua composições, no gênero lundu estão assuntos do cotidiano da cidade como, "O aumento das passagens", "O bombardeio", "O cinco de novembro (ou O marechal)", " A guerra de Canudos", "Uma entrevista com Fregoli", mas, no contexto geral de suas obras, destacam-se a versão que fez para a canção napolitana "Vieni sul mar", que ele próprio gravou pela Casa Edson e que se tornou amplamente conhecida como "Ó Minas Gerais", já que a música homenageava a nau capitânia da Marinha de Guerra do Brasil, batizada com o mesmo  nome do estado. 

Mas nosso destaque vai para a sua primeira composição, a marcha ou cançoneta "A Conquista do Ar - Santos Dumont", onde homenageava o piloto brasileiro que, um ano antes, havia ganho em Paris o Prêmio Deutsh, por contornar a Torre Eiffel em um dirigível, sendo reconhecido internacionalmente como o maior aeronauta do mundo e inventor do dirigível. Os versos de Eduardo das Neves tornaram-se célebres no Brasil inteiro. A canção glorifica o inventor da aviação em versos desbragadamente ufanistas, que o público da época adorou: 
Santos Dumont sobrevoando Paris 

A Europa curvou-se ante o Brasil / E clamou “parabéns” em meio tom./ Brilhou lá no céu mais uma estrela: / Apareceu Santos Dumont.
Salve, Estrela da América do Sul, / Terra, amada do índio audaz, guerreiro! / Santos Dumont, um brasileiro!
A conquista do ar que aspirava / A velha Europa, poderosa e viril, / Quem ganhou foi o Brasil!
Por isso, o Brasil, tão majestoso, / Do século tem a glória principal: / Gerou no seu seio o grande herói / Que hoje tem um renome universal.
Assinalou para sempre o século vinte / O herói que assombrou o mundo inteiro: / Mais alto que as nuvens. / Quase Deus, Santos Dumont – um brasileiro.

Para apresenta-la ao seu inspirador, o compositor organizou uma homenagem a Santos Dumont, realizada em 7 de setembro de 1903, um dos eventos mais importantes dos primórdios da Música Popular Brasileira. Para a ocasião convocou grandes chorões dentre os quais Quincas Laranjeiras, Sátiro Bilhar, Irineu de Almeida, Mário Cavaquinho, Chico Borges, entre outros.

A partir de 1906, igualmente a Bahiano, Mário Pinheiro,
Cadete e Nozinho era cantor contratado da Casa Edison.
Seu extenso repertório versava entre cançonetas, chulas,
canções, lundus e modinhas.
Ainda em 1903, a marcha foi lançada, pelo cantor Bahiano, em discos Zon-O-Phone. Essa canção foi regravada no mesmo ano pela Banda da Casa Edson, sendo depois regravada pelo cantor João Barros na Victor Record, e depois, no selo Brasil, como um dobrado, registrado pela Banda Carioca, provavelmente na mesma época.

Eduardo das Neves foi o segundo cantor (o primeiro foi Bahiano) a gravar composições de José Barbosa da Silva, o Sinhô, quando este iniciava sua carreira. Ele registrou os sambas "Confessa meu bem", "Deixe desses costumes" e "Só por amizade"; este, sua última gravação, realizada em 10 de abril de 1919. 
Na madrugada de 11 de novembro de 1919, uma terça-feira, na casa de seu filho Cândido das Neves (que era tipógrafo e trabalhava na Estrada de Ferro Central do Brasil), cercado deste e de sua esposa, na Rua do Senado nº14, Rio de Janeiro, Eduardo das Neves faleceu. Estava muito pobre.

Ouça agora o som da gravação original realizada por Bahiano em 1903 .