
O rádio é a invenção mais próxima, mais útil e mais presente no dia a dia das pessoas. Pai da televisão  e  muitos  anos  antes  de  ver  nascer  a  impressionante  internet  com  seus  braços de polvo  -  youTubes,  facebooks  e  wathApps  digitais -, o rádio já fazia  suas  estripulias,  difundindo a música,   oferecendo entretenimento  e  informações,  prestando   serviços  com  rapidez,   eficiência  e agilidade, além  de  criar  ídolos,  graças  a uma  versatilidade espantosa. Deve-se ao rádio o incremento da música nativa brasileira,  do carnaval,  do futebol,  dos hábitos e  manifestações  populares  e  das  eleições no país.
Foi com esse ideal que Edgard  Roquette-Pinto (1884/1954),  médico, educador e empreende-dor , colocou no ar  a primeira emissora do Brasil, a Sociedade Rádio  do Rio de Janeiro, em 1922, depois  Rádio Ministério da Educação e Cultura, hoje Rádio MEC, que mantém  uma programação  eminentemente  cultural  e  educativa.
Com a tecnologia avançando a todo instante, em todos os sentidos, o rádio nunca  se acomodou:  foi se aperfeiçoando,  como veículo popular de comunicação  de massa,   reinventando-se  à procura de novos caminhos  para resistir  a  todas  as crenças  e  afirmações de supostos  entendidos, que anunciaram a sua morte, no início dos  anos  50,   com  o surgimento da televisão no Brasil. Erraram feio.
A televisão herdou  e  levou de graça   tudo de bom e de melhor  que o rádio tinha:  apresentadores, cantores, humoristas, redatores, poetas, escritores,  músicos,  narradores, jornalistas, programas de auditório, novelas,  programas  educativos, shows musicais, transmissões  esportivas   e  os  grandes  ídolos. Quando a televisão passou a fazer  transmissões  em cores, aí é que a coisa pareceu  ter  ficado  preta para o rádio.   Mas, por obra de Deus e  da tecnologia,  ao  mesmo tempo,  surgiu também  uma ação  salvadora:  a transmissão  em  FM – frequência modulada   –    um  salto espetacular  com  a  nova  faixa no  dial  e  o hábito  do  radinho  à  pilha, leve, portátil  e  com   som  limpinho,  uma verdadeira febre que se espalhou  por  toda parte  em  todos os  lugares  e  livre  de  interferências.
Mais recentemente, o  advento de computador,  celular, iPad,  tablet , iPhone,  smartphone   também  veio  acrescentar mais audiência  e  popularidade   ao  rádio, que  circula  selerepe  e  sem fios elétricos,  pelas mãos,  ouvidos,  pescoços  e   em  bolsas  a  tiracolo  de  jovens estudantes,  adolescentes  e  adultos,  cada  um  em  sua faixa  de  segmento. E o rádio é  companheiro também  em passeios  ao ar  livre, em pescarias,  nas  praias, nas  caminhadas, nos  carros,  em  bicicletas  e  nas  arquibancadas, acompanhando as emoções  vividas  nos  campos  de  futebol.
A  tecnologia  continuou fazendo a sua parte,  avançando sempre   e  o mundo ganhou a transmissão via satélite,  que o rádio adotou  imediatamente,  permitindo  imensas possibilidades de trabalho e oferecendo aos ouvintes algo quase inacreditável:  a transmissão e  recepção perfeitas   e  imediatas  de qualquer parte do mundo, com  as  pessoas  se interagindo, como se  estivessem  proseando na sala  ou  na  varanda  da  casa. 
Essas considerações  são feitas  na   segunda-feira  13  de fevereiro de  2017,  data  em   que a ONU – Organização das Nações Unidas  - resolveu  celebrar , mundialmente , o veículo rádio,  esse  pioneiro  meio  de comunicação de massa,  nosso   amigo  e  companheiro  de  todas  as horas.
A frase  adotada pela ONU  para marcar a data no mundo  está  reproduzida  no título deste  texto  e  é  muito  apropriada:   O RÁDIO É VOCÊ!
Por:  Hamilton  Gangana - Publicitário e Conselheiro do Clube do Choro de BH
 







