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17 de maio de 2021

Seminários Choro Patrimônio Cultural do Brasil conta hoje com a participação de representantes de associações e ensino do Choro do Estado de São Paulo.

 

Continuam nesta segunda (17), os seminários Choro Patrimônio Cultural do Brasil. A edição de hoje abordará o tema " Coletivos do Choro" com participação de representantes de clubes e núcleo de ensino do Choro do Estado de São Paulo. O evento é gratuito e transmitido pelo Youtube, a partir das 19 horas.

Iyes Finzetto
representará o Clube do Choro de São Paulo. A entidade surgiu em 2015, de um desejo antigo e da iniciativa de artistas e chorões da capital paulista (que reúne o maior número de músicos e musicistas que se dedicam a esse gênero musical) de possuir um espaço próprio para propagar o choro e realizar suas apresentações. “Uma das intenções do Clube do Choro também é dar destaque aos músicos, principalmente os jovens, que ainda não possuem tanto espaço, apesar de ser reconhecidos no meio do choro pelos seus próprios pares, por tocarem nas rodas e na noite”, conta Yves. “Buscamos colocar entre os artistas já consagrados que vão se apresentar outros que ainda estão em início de carreira. As rodas estão sempre abertas para músicos que queiram chegar e tocar. Sempre reafirmamos isso.” Dando continuidade aos seus eventos, durante a pandemia, o Clube do Choro de São Paulo vem desenvolvendo diversas atividades on-line, com transmissão pelas redes sociais.

O Clube do Choro de Santos será representado pelo seu atual presidente, Marcello Laranja. A associação foi fundada em 23 de abril de 2002 por um grupo de amigos apaixonados pela causa e todos, de alguma maneira, ligados a música. A inauguração aconteceu nas dependências do bar e lanchonete do SESC Santos. Na ocasião estavam presentes Marcello ao lado do conjunto Cinco Companheiros. De início, a base do clube era os membros Luiz Antonio Pires, Jorge Maciel, Obed Zelinschi e o próprio Marcello. Logo em seguida, outros companheiros vieram a integrar a diretoria
A primeira sede do Clube ficava nas dependências da Sociedade Humanitária, na Praça José Bonifácio. Era uma única sala que servia para encontros e reuniões, mas durou pouco, pois o horário da entidade era de expediente comercial, o que acabou inviabilizando a permanência. Algum tempo depois, no dia 23 de abril de 2008, foi inaugurada a nova sede no calçadão da Rua XV de Novembro, em pleno centro histórico, após quase oito meses arrumando e preparando para o evento. Todo o trabalho realizado foi feito, voluntariamente, pelos próprios companheiros de diretoria, com pouquíssimos recursos. Lamentavelmente, depois desse trabalho todo e, três ou quatro meses após a inauguração, o Clube do Choro perdeu sua sede pois o prédio foi vendido. A sede da Rua XV foi muito importante para todos, pois foram registrados momentos absolutamente agradáveis e inesquecíveis. Vários eventos, aniversários, encontros, shows, palestras, workshops, enfim, foi muito proveitoso, a despeito do pouco tempo em que lá o Clube permaneceu.
Grande parte das atuais atividades do Clube estão atreladas à aquisição de uma nova sede, e o Clube já está trabalhando para atingir este objetivo. 

O Clube do Choro Waldir Azevedo, de Taubaté será representado pelo jovem músico Rogério Guarapiran. Dramaturgo, pesquisador e bandolinista, Guarapiran é formado em bandolim popular na EMESP- Tom Jobim, em São Paulo. Participou de grupos e conviveu em rodas de choro na Capital, Guarulhos, Campinas e no Vale do Paraíba.
Ele é cofundador do Clube, junto com chorões experientes da cidade. O Clube atua, desde 2005, como um conjunto regional dedicado à pesquisa de obras de compositores e instrumentistas naturais ou radicados na cidade e no intercâmbio com grupos e chorões da região valeparaibana. O grupo tem dois discos produzidos: “Viva o Choro de Taubaté” e “Humberto 7 cordas: solista aos 80”.

Altino Toledo
representará o Clube do Choro de Avaré que promove o encontro de diferentes gerações do Choro e mantem o aprendizado como um legado.
A história da instituição tem início em 2012 com  um grupo de chorões avareenses que decidiu criar o que pode ser um dos maiores patrimônios culturais do município, o Clube do Choro de Avaré. Assim como em diversas cidades do país, Avaré tem a oportunidade de enriquecer sua história cultural através da educação musical, de eventos diversos e de festivais relacionados ao Choro. Há mais de 20 anos, motivados pelo violonista e bandolinista Jamil Caram, os amantes avareenses do gênero buscam aperfeiçoar-se, tendo como referência o Mestre Teixeira, violonista de sete cordas e luthier. A iniciativa de criar o Clube do Choro de Avaré surgiu por volta de 1997, quando Altino Toledo, bandolinista, e Sérgio Ornellas, percussionista, pesquisaram e redigiram o estatuto provisório e os primeiros projetos. No entanto, por vários anos o projeto ficou adormecido, mas as rodas de choro continuaram e cresceram com o tempo. Amigos e instrumentistas como Altino Toldedo (professor do Conservatório Dramático e Musical Carlos de Campos, de Tatuí-SP), Sérgio Ornellas e Flávio Calamita deram passos para a realização desta associação cultural e musical sem fins lucrativos que tanto enriquece a cidade de Avaré. O grupo conta ainda com o apoio de outros músicos e idealistas.
Com o falecimento da bandolinista Rosana Teixeira, filha do Mestre Teixeira, Altino decidiu criar um festival de choro em Avaré para homenageá-la. O sucesso da primeira edição realizada em 2011 mereceu continuidade, propagando a boa música e apresentando importantes nomes do choro. Também naquele ano foi formalizado o compromisso para a fundação do Clube do Choro. De lá pra cá o Clube do Choro de Avaré tornou-se realidade, ampliando suas atividades com rodas e oficinas musicais, e o festival que já chegou a oito edições. Além desse o Clube promove outros projetos de destaque comoo  programa Choros e Chorões, da Rádio Cidadania (quartas-feiras, 20h), apresentações ao vivo e pré-gravadas; e o “Música na Praça”, em parceria com a Secretaria de Cultura, que acontece todo último sábado do mês no coreto do Largo do Mercado. E assim, de modo tão brejeiro como o ritmo que representam, O Clube do Choro de Avaré vem se tornando uma das entidades mais representativas da região. 

Finalizando as apresentações de hoje, Alexandre Bauab representará o Núcleo de Choro do Conservatório de Tatuí. O Conservatório de Tatuí é a primeira escola de música brasileira, mantida por um Governo Estadual, a incluir em seu currículo o gênero “Choro” como matéria pedagógica. O curso é oferecido desde o ano de 1999. Nenhuma outra escola do Brasil, estadual ou particular – com exceção da escola de Choro de Brasília mantida pelo Governo Federal e fundada um ano antes, em 1998 -, teve a iniciativa de abrir espaço a esse tão importante gênero da música brasileira.
Na coordenação de Choro, são oferecidos cursos de flauta transversal, violão, bandolim, cavaquinho, percussão e prática de conjunto popular. Os cursos de instrumentos têm fixo na grade as disciplinas: Instrumento; Teóricas: teoria e percepção, harmonia popular; e Prática de conjunto. Para os cursos da coordenação de Choro são previstas ainda as seguintes disciplinas optativas: linguagem de choro, história da música popular e arranjo, maracatu, ritmos brasileiros, piano ou violão complementar, percussão complementar, prática de big band.
A divulgação do Choro pelo Conservatório de Tatuí iniciou-se em 1993. Já a partir dessa data a escola passou a manter o choro como uma das opções de grupo musical oferecidas por essa instituição a serviço da boa música. A partir de 2009, o choro conquistou um espaço próprio dentro da instituição, uma área específica abrangendo um grande número de ritmos formadores (as músicas-danças europeias: polca, mazurca, valsa, schottisch, quadrilha e habanera) e também ritmos não formadores que com o tempo foram agregados a seu extenso repertório pelos muitos compositores chorões como o baião, o frevo, o samba, o arrasta-pé e outros ritmos urbanos e também rurais.
A Área de Choro do Conservatório de Tatuí busca conciliar aprendizado formal e aprendizado não formal, proporcionando aos alunos atividades extraclasses onde eles, diferentemente do que acontece em aula, são “preparados para o desempenho” seguindo assim as formas tradicionais de aprendizagem do choro. A roda de choro, principal estratégia no que diz respeito à educação informal utilizada pela área, foi e continua sendo o espaço principal de formação de chorões. 


O evento de hoje contará com a mediação de Ana Paes. As transmissões dos seminários "Choro - Patrimônio Cultural do Brasil", que tem sido muito importantes para o andamento do processo de registro do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil, acontecem pelo Youtube no do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan , e também pela página no Facebook.

Realização: ACAMUFEC | CNFCP | IPHAN
Streaming e Coordenação Audiovisual: Pandu Filmes