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2 de fevereiro de 2021

HENRIQUE CAZES CELEBRA HOJE MAIS UMA EDIÇÃO

Henrique Cazes solista - Foto: site oficial Henrique Cazes

Hoje celebramos o aniversário de Henrique Cazes, esse grande instrumentista, arranjador, cavaquinista, radialista, produtor, professor e idealizador do bacharelado em cavaquinho na Escola de Música da UFRJ. Filho de Marcel Cazes, violonista e compositor, Henrique nasceu em 2 de fevereiro de 1959, no Rio de Janeiro. Além de consagrado em outras atividades artísticas e acadêmicas, o aniversariante de hoje é também um reconhecido escritor e autor de livros de grande sucesso. Para celebrar esta data em que Cazes inicia "uma nova edição", comemoramos seu aniversário apresentando suas obras literárias que tanto colaboram para a formação cultural e educacional dos estudantes, pesquisadores e apreciadores da riquíssima música brasileira.

Formado em Química pela UFRJ é autodidata em música. Ele começou a tocar violão aos seis anos de idade, interessando-se, mais tarde, aos 13 anos, pelo cavaquinho, banjo, violão caipira, bandolim e violão tenor.  Henrique Cazes é autor de um dos mais consagrados manuais de cavaquinho. Ele foi publicado pela Editora Lumiar, em 1988: "Escola moderna do cavaquinho" já chegou à 15ª edição. A obra é um completo e atualizado método de cavaquinho que aborda a aplicação do instrumento em diferentes ritmos, concepções de solos e acompanhamentos, além de trazer todos os acordes possíveis nas afinações Ré-Sol-Si-Ré e Ré-Sol-Si-Mi. O livro também conta a história do instrumento, comenta o seu desenvolvimento na música brasileira e traz uma lista variada de canções cifradas para treinamento do músico.

No ano de 1998, ele publicou também pela Editora 34 a obra "Choro - do quintal ao Municipal". Já em sua 4ª edição, a obra narra com profundo conhecimento a trajetória do choro de 1845 até hoje. "A história da cultura instrumental mais desenvolvida da música brasileira sob a ótica de um historiador que tem a vantagem de ser praticante do gênero." como descreve Mauro Dias em crítica publicada no jornal O Estado de São Paulo.

Em 2002, pela Editora Lumiar, Cazes publicou "Literatura mínima para cavaquinho" (partituras e CD). Ainda no mesmo ano lançou pela Editora José Olympio: "Suíte Gargalhada - cento e tantas histórias engraçadas sobre música e músicos". As páginas contam com ilustrações de Redí. 

'Suíte gargalhadas' é um livro de histórias engraçadas que o autor colecionou ao longo de 25 anos. Nesta obra desfilam personagens famosos e anônimos. Gente como o genial maestro Radamés Gnattali (com quem Henrique Cazes conviveu e trabalhou), Aracy de Almeida (conhecida por suas tiradas picantes e imprevisíveis), Ary Barroso (famoso por seu temperamento ácido), Hermeto Paschoal, Pixinguinha, Noel Rosa, entre outros. A maior parte das histórias são verdadeiras - por mais estranhas que possam parecer - de situações inusitadas que, graças ao ouvido atento do autor, não foram perdidas e sim contadas da maneira mais engraçada. É isso que o leitor tem em mão. Um livro sobre o lado engraçado dos palcos e das coxias, dos ensaios e das apresentações.

"Monarco - Perfis do Rio" lançado em 2003 pela editora Relume Dumará é uma biografia assinada por Cazes e que conta a vida de Hildemar Diniz, o "Monarco", sambista e compositor, importante intérprete da música popular, que tinha a preocupação de resgatar antigos sambas. Em décadas de bom serviço prestado à música, Monarco é um registro vivo não só de momentos importantes do samba, mas também de um modo de compor que não pode ser aprendido de outra forma a não ser no contato com os 'mestres'. Monarco foi ele mesmo um destes aprendizes, dos melhores e mais dedicados - algo que se reflete em suas composições. Fiel portelense, soube distribuir seu talento para além de Oswaldo Cruz e Madureira, se abrigando até, quem diria, na Mangueira. Neste Perfil, Henrique Cazes nos mostra este sambista determinado e capaz de superar diversas dificuldades, intérprete dono de um timbre privilegiado, inovador mas com o pé fincado na tradição e, principalmente, constantemente apaixonado pelo seu ofício de artesão de melodias.

Em 2005 foi lançado pela Editora Cité de La Musique, na França, o livro "MPB - Musique Populaire Brésilienne", organizado por Dominique Dreyfus e no qual constou o seu ensaio "Nascimento de uma identidade brasileira, Choros, ritmos europeus e sotaque brasileiro", junto a outros ensaios de Sérgio Cabral, Carlos Sandroni, Zuza Homem de Mello, Jairo Severiano e Walnice Nogueira Galvão. 

Em 2010 a coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira incluía em cada número lançado, um CD e um folheto dedicado ao personagem destaque. As edições dedicadas a Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo trouxeram textos assinados por Henrique Cazes.

A última publicação de sua autoria é a coleção "Música nova para cavaquinho" que reúne obras recentes e foi elaborada com o objetivo de revelar e potencializar os recursos do cavaquinho como instrumento solista. Todas as peças foram compostas no cavaquinho, buscando a cada momento obter mais do instrumento nos planos sonoro, harmônico e de expressividade. O livro conta com 12 Estudos para cavaquinho solo, uma Suíte em forma de estudo, Divertimento para Cavaquinho e Violão de 7 cordas, 9 Choros e 3 Valsas.

Henrique Cazes é uma referência do Choro e do Samba. Seus livros são lidos e estudados em várias partes do mundo. Apesar do diminutivo no nome cavaquinho, Henrique faz do instrumento algo maior.


Fontes consultadas e referências:
-Site Oficial Henrique Cazes :https://www.henriquecazes.com.br/
-Site Clube do Choro de Belo Horizonte: http://www.clubedochorodebh.com.br/p/estanate.html
-Dicionário MPB: https://dicionariompb.com.br/
-Google Books: https://books.google.com.br/
-Site Amazon : https://www.amazon.com.br/
-Site Visite Brasília: https://visitebrasilia.com.br/
-Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB): https://immub.org/p/o-instituto